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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sentido do Sacerdócio



Dom Pedro Brito Guimarães, presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada da CNBB

"Ser padre, somente padre e totalmente padre". A frase dita a Dom Pedro Brito Guimarães, presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada da CNBB, por seu pároco, quando ele pensava em ir ao seminário, continua servindo de alicerce para sua vocação. E é a experiência que ele, hoje como Arcebispo de Palmas (TO) continua passando para todos os que desejam ser padres ou aqueles que já o são.

Nesta semana, que a Igreja celebra a vocação dos Ministros Ordenados - bispos, padres e diáconos -, Dom Pedro afirma que só quem busca viver a dimensão dessa frase conseguirá vencer no seu ministério sacerdotal, pois a vida sacerdotal é muito bela, mas é exigente.

"Não dá para ser padre só nos momentos de alegria, mas é preciso sê-lo também nas noites difíceis, nos momentos de tribulação", destaca o arcebispo.

Acompanhar e fortalecer os que exercem o ministério é uma preocupação da Comissão para os Ministérios Ordenados, que tem desenvolvido um trabalho de formação permanente, aconselhamento e orientações para que os padres não se sintam desamparados diante das dificuldades encontradas.

"A vida é uma luta e quem vai vencer é aquele que tiver mais preparado", diz Dom Pedro.

O acompanhamento também é feito com aqueles que estão no seminário, entrando no processo de formação, para que não tenham uma visão superficial da vocação sacerdotal, mas consigam internalizá-la, se preparar bem para exercê-la.

Dom Pedro destaca ainda que a comunidade católica precisa "adotar" o padre que está em sua paróquia. "Os católicos não só cobrem e exijam a disponibilidade do sacerdote, mas tentem entender que nós somos humanos, temos coração, alma, somos frágeis, podemos adoecer... e a comunidade tem que nos adotar, na oração, rezando por nós".

Pastoreio

Segundo Dom Pedro, o "coração do ministério ordenado" está em cuidar e zelar por todas as pessoas que lhe são confiadas ao pastoreio.

Ele recorda que a missão do pastor está muito definida na Bíblia, tanto no Salmo 22, quanto no livro de Jeremias 23, que exorta os pastores que não cuidam das ovelhas, mas apenas de si mesmos, e também no Evangelho de João, capítulo 10, que fala sobre Jesus, o Bom Pastor, que dá a vida por suas ovelhas.

"A missão do pastor é cuidar do rebanho e para isso ele tem que conhecer o rebanho, se preocupar com ele, estar atento, vigilante. [...] O pastor na Igreja tem que reproduzir em sua vida as características do pastoreio de Cristo, dar a vida por suas ovelhas, amá-las, acima de tudo, e doar sua vida por elas", destaca o arcebispo.

Embora os ministros ordenados cuidem mais das pessoas, no âmbito espiritual, eles acabam cuidando delas por inteiro, o que engloba também as necessidades materiais. "Não é possível falar de Deus para uma pessoa morrendo de fome. Por isso a Igreja também trabalha com as pastorais sociais, para zelar pela pessoa como um todo", explica Dom Pedro.

O chamado

"Toda vocação representa uma resposta ao chamado de Deus. O Senhor chama todas as vocações por que ele ama a cada pessoa e a chama para uma missão específica, para um serviço", afirma o bispo.

Dom Pedro explica que o vocacionado, em geral, tem duas grandes missões: primeiramente estar com o Senhor, ouvir Suas palavras, e consequentemente, partir em missão, cuidar dos outros e ajudá-los a fazer a mesma experiência.

Na Igreja, quem faz bem esse papel são os ministros ordenados, disse o bispo. "Eles têm esse papel de ajudar na oração, no aconselhamento, na catequese, na maturação da vocação da pessoa, ministrar os sacramentos e evangelizar. Fundamentalmente é essa a missão do ministro ordenado. Alguém que represente Cristo e o ajude na divulgação do seu Evangelho".

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