Seja Dizimista!

Seja Dizimista!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Homilia

O evangelho de Marcos é o mais rico em assinalar pormenores emocionais de Jesus. Hoje, por exemplo, temos dois dos muitos “olhares” de Cristo que Marcos anota no seu evangelho. O primeiro é dirigido com carinho a um jovem rico, e o segundo aos discípulos com alento e compreensão. Os dois olhares marcam as duas partes de que consta o evangelho de hoje: encontro de um jovem rico com Jesus e lição deste aos seus discípulos sobre a riqueza.
Em certa ocasião um homem rico aproximou-se de Jesus perguntando-lhe: Bom mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? Ele respondeu-lhe enumerando os mandamentos. O rico – um jovem, segundo Mateus – diz tê-los cumprido desde pequeno. Então Jesus olhou0o com carinho e disse-lhe: “uma coisa te falta: vende o que tens, dá o dinheiro aos pobres – assim terás um tesouro nos céu – e depois segue-me”.
Ultrapassado o nível mínimo da lei, o Senhor entra numa etapa mais exigente: o desprendimento de tudo o que se possui. Só completando este segundo passo, a pobreza voluntaria, se acede à categoria de discípulo por meio do seguimento. Cristo faz a proposta seguindo seguindo as leis de uma pedagogia personalizada e responsabilizadora, isto é, sem oprimir nem impor, e respeitando a livre decisão do sujeito, que neste caso resultou negativa: “A estas palavras, ele contristou-se e saiu pesaroso, porque era muito rico”.
Perante o fracasso desta vocação, Jesus comenta: Como é difícil aos ricos entrar no reino de Deus. O desenlace da cena oferece-lhe oportunidade de instruir os seus discípulos sobre os perigos da riqueza e a necessidade do desprendimento dos bens terrenos para alcançar o Reino.
Porque ter alma de rico, isto é, “por a confiança no dinheiro”e no que se possui, supõe uma dificuldade tão grande para esse objetivo como a passagem de um camelo pelo buraco de uma agulha. Hipérbole oriental que ilustra bem a idéia. A pergunta para cada um de nós é esta: onde estamos colocando nossa esperança: em Deus, na sua palavra, ou no dinheiro, na nossa auto suficiência de viver uma vida sem Deus?
Riqueza evangelicamente falando, neste contexto, é uma vida onde tudo encontra-se em primeiro lugar e Deus em segundo. Por sua vez, pobreza evangélica é termos Deus como nossa única riqueza. Somente os pobres herdarão o Reino dos Céus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário