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sexta-feira, 28 de maio de 2010

PAPAS

Papa Bento XVI
Breve Histórico: Papas

264 papas reinaram na história da Igreja Católica desde o primeiro, Simão Pedro, que morreu como mártir no ano 64 depois de Cristo, até o polonês João Paulo II. Na lista, aparecem apenas 262 nomes, já que um deles, Bento IX, reinou três vezes. Eleito em 1032, foi deposto em 1044. Recuperou o trono de Pedro em 1045, ano em que abdicou, para depois voltar em 1047 e ser deposto definitivamente um ano depois. Se Bento IX foi o último papa a ser destituído, não foi o único. Sete tiveram o mesmo destino antes dele. O papa Silvério (536-537) foi o primeiro. Cinco abdicaram. No total, 21 papas morreram como mártires e outros nove sob o martírio. Quatro faleceram no exílio e um na prisão. A esta lista, somam-se nove pontífices que desapareceram em circunstâncias violentas: seis assassinados, dois mortos devido a ferimentos durante revoltas e um pelo desabamento do teto do local onde estava. Oitenta e cinco papas foram santificados. Outro sete papas foram beatificados. O anuário pontifício reconhece também 37 antipapas (entre eles São Hipólito) e mais duas figuras citadas nas notas de páginas. O nome de Estevão não aparece no anuário porque morreu poucas horas depois da eleição. O pontificado de Urbano VII foi o mais curto da história da Igreja, durou 13 dias. O reinado mais longo, 34 anos, foi o de São Pedro, o príncipe dos apóstolos. Depois, somente Pio IX reinou mais de 30 anos (de junho de 1846 a fevereiro de 1878). Treze papas reinaram mais de 20 anos, mas a média dos pontificados é de 8 anos. Desde Simão Pedro, o período mais longo sem um papa foi de três anos, sete meses e um dia (de 26 de outubro de 304 a 27 de maio de 308), entre Marcelino e Marcelo I.

Conclave

A criação do conclave, em 1274, deve-se justamente à demora para escolher o sucessor de Clementino IV. Já tinham se passado dois anos e nove meses de deliberações, quando os habitantes de Viterbo, cidade onde os eclesiásticos estavam reunidos, resolveram trancá-los e mantê-los a pão e água para acelerar a decisão. Gregório X regulamentou a prática, que foi submetida a 53 reformas. No início dos anos 70, Paulo VI fixou em 120 o número máximo de cardeais eleitores, cuja idade não pode superar os 80 anos. A regra de eleição por maioria de dois terços, e mudada por João Paulo II para 50% mais um, foi imposta por Alexandre III, em 1180. Este mesmo pontífice criou o Sacro Colégio dos Cardeais, cujo número mudou de dez para 20 no curso de três séculos. Em 1585, Sisto V aumentou o número para 70, em honra aos 70 anciões que assistiram Moisés. O número foi modificadooutra vez séculos depois, por João XXIII.

Nomes dos Papas

Ao deixar seu nome de batismo, para chamar-se João Paulo II, Karol Wojtyla relançou um antigo hábito iniciado por Gregório V em 996 e seguido por 131 de seus 133 sucessores. Antes do século X, somente seis papas mudaram o próprio nome por diferentes motivos, como João II (532). Depois de Simão da Galiléia, nenhum papa adotou o nome de Pedro. Paulo XIV (983), que foi batizado assim, não quis quebrar o que muitosconsideravam um tabu. O nome mais empregado é João (23 vezes), seguido por Gregório (16), Bento (15), Clementino (14), Leão e Inocêncio (13) e Pio (12). Dos 262 papas, 210 nasceram na Itália, 99 deles em Roma. Dos 52 restantes, 16 franceses (segundo as fronteiras atuais), 12 do antigo mundo grego, seis da Síria e três da Palestina, cinco da atual Alemanha, três da Espanha e a mesma quantidadeda África e um da Inglaterra, Portugal, Holanda e Polônia. O poder dos papas na Idade Média alcançou uma magnitude dificilmente avaliável nosdias de hoje. Basta lembrar que o papa Bonifácio VIII, em seu curto reinado de 1294a 1303, sentiu-se muito à vontade para emitir uma bula liberando os clérigos de impostos, e uma outra onde declarava que o poder espiritual e temporal dos papas era superior ao dos reis...O poeta Dante visitou Roma durante o seu reinado e parece não ter comungado dessa opinião, pois logo depois descreveu o Vaticano como “esgoto da corrupção”. No século XIII, o pontífice romano dispunha de mais vassalos feudais do que qualquer outro suserano, e a lei canônica era aplicada indistintamente a todos os países cristãos do continente europeu. Qualquer súdito suspeito de heresia era taxado por Roma não apenas de inimigo da fé, mas de “inimigo da sociedade”! O poder do papa era tão imenso nesse período, que acabou dando origem ao chamado“Grande Cisma”, o qual manteve a Igreja dividida entre os anos de 1378 a 1417. O que aconteceu foi que o papa eleito em 1378, Urbano VI, se opôs aos cardeais não italianos, que, devido a isso, resolveram eleger por conta própria um outro papa, Clemente VII, suíço de nascimento. Urbano VI era apoiado pela Inglaterra, Polônia, Dinamarca e Suécia, enquanto que Clemente VII contava com o apoio da França, Escócia e países ibéricos. A sede de Urbano VI era Roma, a de Clemente VII a cidade de Avignon, na França. Nessa época, todo europeu encontrava-se excomungado por um papa ou pelo outro caso não se submetessem, e cada lado acusava o outro de ser o Anticristo. Com o propósito de resolver o impasse, visto ter fracassada uma singela tentativa desolução pelas armas, o Concílio de Pisa, com apoio da Universidade de Paris, elegeu o papa Alexandre V em 1409, que não pôde resolver o caso porque inoportunamente morreu logo em seguida, tendo sido substituído pelo primeiro João XXIII. Embora declarados ilegítimos pelo Concílio, os dois papas anteriores, o de Roma e o de Avignon, mantiveram-se firmes em seus postos, de modo que a Igreja passou acontar nessa época com três Vigários de Cristo a zelar pela doutrina, cada qual se esmerando em anátemas e excomunhões. O conflito só serenou quando o Concílio de Constança (1415 – 1418) se reuniu e depôsos três papas briguentos, elegendo um quarto, Martinho V, daí novamente o único pontífice universal, reconhecido por todos, e com isso a pax romana retornou ao seio da Igreja de Roma. O termo pontífice. Esse termo provém do vocábulo pontifex – “construtor de pontes”, título sacerdotal usado nos ritos pagãos da Roma antiga, designando aquele que, por seu ofício de sacerdote, formava o elo ou ponte entre a vida na Terra e no Além. A forma pontifex maximus (sumo pontífice) era uma das expressões do culto divino dirigido ao imperador romano, e apenas a este. Unicamente o imperador era o pontifex maximus. Essa denominação foi surrupiada pelo papado pouco depois do seu início, na gestãode Leão I, chefe da Igreja entre os anos 440 e 461. Foi ele quem deu início à concorrida linhagem de césares papais ao tomar para si o títulode “sumo pontífice”, encantado com a magnificência do rótulo.Podemos afirmar que o Império Romano nunca se extinguiu de fato, mas continuou existindo, inclusive sob esse mesmo nome, até a idade moderna. A única diferença é que seus súditos e vassalos não eram mais constrangidos pela lança e os louros do imperador, mas pelo báculo e a mitra do bispo de Roma. Quase nada mudou. O costume de manter arquivos papais deriva da prática imperial romana, e o transporte do papa no alto, na chamada sediagestatoria, é igualmente um meio de transporte oriundo da Roma antiga. Mesmo o Código de Direito Canônico foi inspirado no Direito Romano. Até recentemente, qualquer um que não comungasse da fé católica tornava-se efetivamente um novo “bárbaro” aos olhos da Igreja e do mundo ocidental. E tal como seu antecessor, o atual Império Romano da Igreja, fundado em concepções errôneas das palavras de Cristo, foi igualmente conservado pelo medo e expandido pela força. A Terminologia "Papa"O termo “papa” é formado pela junção das primeiras sílabas de duas palavra latinas: pater patrum – “pai dos pais”. A própria História comprova como muitos papas – os “pais dos pais” da Igreja – mandaramutilizar paternalmente o punhal e o veneno, contra seus próprios pares, na consecução de objetivos puramente terrenais. Quem inaugurou, ou melhor, foi inaugurado no estilo de morte papal por envenenamento foi João VIII, assassinado no remoto ano de 882. Cerca de dez anos depois foi a vez do papa Formoso ser misteriosamente envenenado na Santa Sé. Seu sucessor, Estevão VII, aparentemente incomodado com esse rápido falecimento enigmático, fez questão de exumar o corpo do papa morto, excomungá-lo solenemente com as vestes pontificais, mutilá-lo, arrastá-lo pelas ruas de Roma e lançá-lo no rio Tibre.O misericordioso Estevão VII acabou morrendo pouco depois, trucidado pelo povo. Em 904 o papa Leão V foi assassinado pelo seu sucessor, Sérgio III, que já havia tentado antes se apoderar do trono pontifício, sem sucesso. Poucos anos mais tarde, o papa João X foi envenenado pela filha de sua amante, essa última mãe de seu sucessor, João XI. O papa João XI foi liquidado em 936. Em fins do século XIII.O papa Celestino V foi envenenado pelo seu sucessor, Bonifácio VIII. Especial destaque homicida merece ser dado ao papa Alexandre VI, um sátrapa que ascendeu ao trono pontifício no ano de 1492 e logo cuidou de transformar o palácio papal um bordel. Seu tristemente célebre reinado de terror ficou marcado tanto pelo punhal como pelo veneno, freqüentemente utilizados por seus correligionários, com grande habilidade, para abrir caminho nas fileiras dos opositores. Traições sucessivas, luta de facínoras pelo poder, sangue derramado aos borbotões – tal é o enredo secular da história dos papas.

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