Seja Dizimista!

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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Homilia

Estamos no último dia do mês de maio, mês em que dedicamos para meditar mais na Igreja sobre a pessoa de Maria, aquela que é modelo para cada um de nós para que possamos cada vez mais ser Igreja.
Hoje celebramos com toda a Igreja a festa da Visitação de Nossa Senhora. Maria é esta que parte do norte de Israel, duma região chamada Galileia, cidade de Nazaré e vai, às pressas, para o sul de Israel, a uma região da Judéia, cidade de Ein Karem, percorrendo cerca de 150 a 180 km, a maior parte, em cima de um burrinho.
Mas é preciso entendermos, e o profeta Sofonias nos lembra muito bem disso, de que o centro desta festa não é a visitação, para o Cristo Jesus que está sendo gerado no seio da virgem Maria, aquele que é a divina misericórdia do Pai para a humanidade; por isso que Sofonia nos dá uma sacudida: “Canta de alegria, cidade de Sião; rejubila, povo de Israel! Alegra e exulta de todo o coração, cidade de Jerusalém! O Senhor revogou a sentença contra ti, afastou teus inimigos; o rei de Israel é o Senhor, ele está no meio de ti, nunca mais temerás o mal”. Em outras palavra, Sofonias está nos dizendo: Saiamos deste marasmo de vida que estamos levando! Levantemos e vamos ao encontro dos outros para servir! Paremos de reclamar tanto da vida, somente olhando para os problemas e para as dificuldades e vamos olhar de forma diferente, ou seja, através dos problemas e das dificuldades, nos perguntando o que podemos aprender de tudo isso… como posso crescer mais e me santificar…!
Isabel, esposa de Zacarias, é esta que possui uma casa no alto da cidade de Ein Karem, sobre uma montanha; é uma outra casa que o casal idoso possui; certamente mais fresco o clima, para aquela que está no sexto mês de sua gravidez, na espera do filho João Batista. A casa onde João Batista vem a nescer é outra, próximo desta casa da visitação, a casa primeira de Isabel e João Batista.
Nesta gravidez, Isabel está grávida, está certificada de que não é amaldiçoada por Deus – concepção que tinham as pessoas quando não podiam ter filhos; Isabel era estéril. Isabel estava certificada em sua mente, mas não em seu coração. Era preciso que ela trouxesse isso para o seu coração – o fato de ser amada por Deus – para que pudesse ser curada e, conseqüentemente, seu filho João poder nascer forte para a missão: na sua dimensão física, psíquica e espiritual.
Se Maria vai para servir Isabel, enquanto às atividades domesticas, isso é o menos relevante, apesar de toda a importância que isso possui: o serviço. Porém, antes de tudo, Isabel deveria ser servida por algo muito mais importante naquele momento da sua vida: ela precisava ser visitada pelo mistério, que é o próprio Deus, que Maria estava gerando e trazia em seu seio.
Maria vai ao encontro de Isabel para levar o mistério que é o próprio Deus. Quando Isabel recebe a visita do mistério em sua casa, ela fica cheia do Espírito Santo. Por isso, precisamos nos perguntar: nós estamos levando o mistério, que é Deus, que está em nós desde o dia do nosso batismo, para as pessoas, principalmente para aquela que mais precisam, a exemplo de Isabel? Quem nós estamos levando: Deus ou nós mesmo, a começar pelo nosso pior, muitas e muitas vezes?
Maria não vai servir como empregada domestica! Não vai para os afazeres domésticos, como prioridade de sua visita; vai para levar o mistério, Deus, seu amor, para o coração de Isabel.
Quantas pessoas estão como Isabel e precisavam de uma visita de Jesus, hoje, através de nós, com Maria. O que podemos fazer hoje, por aqueles que sofrem, aqueles que precisam de uma visita? Com certeza, esta pessoa precisa muito mais de Deus do que de remédio.

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