Seja Dizimista!

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terça-feira, 1 de junho de 2010

Homilia

Para os laicistas e secularistas fanáticos , os termos César e Deus são eliminatórios, não podem subsistir juntos, estão em confronto. A fé em Deus e a religião são questão privada e pessoal, sem espaço social. Os ministros do evangelho e os cristãos em geram devem limitar o âmbito da sua voz aos templos e sacristias. Assim tiram a Deus e a seu reino o que lhe pertence: a vida do homem. Jesus disse: Anunciai o evangelho a todas as pessoas; ilumine a vossa luz todos os homens para que dêem glória a Deus.
Outros, pelo contrario, os teístas empedernidos, pensam que a autoridade civil deve estar ao serviço do evangelho para implantar pela força do braço secular a lei de Cristo. Assim negam a Cesar a sua autonomia e os seus direitos.
Mas na solução que Jesus deu não se opõe a Cesar a Deus, o temporal ao espiritual, o político ao religioso, a autoridade civil ao reino de Deus.Na sua resposta, Cristo não sacraliza a autoridade do que manda, mas reconhece-lhe o direito a mandar e apresenta a obediência civil como um dever do cidadão; por isso concorda com o pagamento do imposto. Mas, reconhecendo a autonomia do terreno e do poder civil, estabelece, pelo menos implicitamente, uma hierarquia de termos que a nível da consciência dá primazia a Deus sobre Cesar.
Cristo apresenta-os como deveres complementares e não eliminatórios em litígio permanente. O “dar a Deus o que é de Deus”é o primeiro; mas daí dimana o fundamento e a obrigação de “dar a Cesar o que é de Cesar”.
A obrigação da autoridade publica é o ordenamento da sociedade para o bem comum; e para conseguir este objetivo conta necessariamente a lei moral, isto é, a lei de Deus. Por isso que a lealdade do cidadão deve à autoridade civil não há de estar necessariamente em luta com a sua obediência a Deus. Mas no caso de conflito de deveres por abuso da autoridade pública, é legítima a discordância, a objeção de consciência , a oposição, a resistência e inclusivamente a desobediência, quando estas normas e lei vão contra a lei natural que Deus colocou em nós ao nos criar. Tudo que vai contra a lei natural, deve ser desobedecido, para que venhamos a obedecer a Deus. Um exemplo que colocar como lei e que vai contra a lei natural: o aborto. Tudo que vai contra a lei natural, nunca devemos obedecer!
O cristão deve ser o melhor cidadão, como o foi o próprio Jesus, que acatou a autoridade civil e a lei religiosa do seu tempo, se bem com lealdade Critica. Nada do que devemos a Deus o tiramos a Cesar; mas também temos que estar conscientes de que a fé religiosa não nos exime, antes nos obriga a prestar á autoridade estatal legítima e justa a obediência devida e a colaboração cívica: pagamentos de impostos, cumprimento das leis, responsabilidade cívica, participação democrática, critica construtiva e solidariedade na justiça.

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