Católicos do Rio de Janeiro rezam pelas vítimas do atentado
Missas são celebradas na intenção dos que sofrem as consequências
RIO DE JANEIRO, segunda-feira, 11 de abril de 2011 - Os católicos do Rio de Janeiro rezam desde o dia 7 em todas as celebrações pelas vítimas do atentado à Escola Municipal Tasso Fragoso da Silveira, em Realengo.
A tragédia ocorreu na manhã de quinta-feira, quando Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu a escola fortemente armado e atirou contra os alunos. Ele matou 12 estudantes, feriu outros 12. Quando foi abordado pela polícia, se matou.
Segundo informa a arquidiocese do Rio, na manhã desse domingo, os fiéis tiveram mais uma oportunidade de rezar pelos que sofrem as consequências do atentado, ao assistir a missa dominical transmitida pela TV Brasil, diretamente de seus estúdios, como acontece interruptamente desde 1989.
O arcebispo Dom Orani João Tempesta, que presidiu à celebração, reafirmou a necessidade de confiar na misericórdia de Deus e pediu o empenho, na responsabilidade comum dos cidadãos, de trabalhar por um mundo novo.
Ao refletir sobre as leituras do dia, o arcebispo recordou que Jesus é a “Ressurreição e a Vida”, e que a fé na ressurreição dos mortos, a esperança na vida eterna, abra o olhar para o sentido final da existência humana.
“Ao iluminar o nosso coração e abrir os nossos olhos, Jesus nos arranca de nossos túmulos, de nossas mortes, nos traz de volta do exílio de nossos pecados, da vida velha.”
“O mundo precisa de pessoas novas, ressuscitadas, renovadas pela ação do Espírito Santo, que vivam concretamente na plenitude da graça de Deus”, disse.
Lucas e Viviane, dois estudantes que sobreviveram ao atentado, participaram da Missa.
“Sinto muito por todos os pais que perderam seus filhos”, disse Viviane. “Que eles fiquem com Deus, na Glória dos Céus, intercedendo por nós”, afirmou Lucas.
Monsenhor Luiz Artur Marques, vigário episcopal do Vicariato Oeste, falou sobre o momento em que chegou à escola, logo após o ataque do atirador.
“Ao chegar ao cenário da tragédia, pude perceber muita dor e sofrimento. Mas o clima de fé era comum nas pessoas, até entre os policiais, funcionários e repórteres. Ninguém ousou fazer referências negativas a Deus, demonstrando que o coração do nosso povo, mesmo diante do sofrimento, tem esperança na transformação de um mundo melhor.”
“Se esperamos em Deus é porque temos no coração a predisposição em praticar o bem, o amor”, disse o vigário episcopal.
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