Arcebispo explica que o que se procura é garantir critérios e juízos
BELO HORIZONTE, sexta-feira, 3 de setembro de 2010 – O arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, afirma que a Igreja “não se aventura em posicionamentos e pronunciamentos que se tornam partidários”, mas permanece no território da ética.
Em artigo enviado à imprensa nesta sexta-feira, o prelado recorda que a CNBB enviou recentemente carta aos bispos “esclarecendo sobre a proposta do plebiscito de iniciativa popular pelo limite da propriedade da terra no Brasil, em defesa da reforma agrária e da soberania territorial e alimentar”.
“A proposta, nessa Semana da Pátria – cita Dom Walmor –, ‘não é de iniciativa da CNBB, nem se realiza sob sua responsabilidade’. Somente o Congresso Nacional pode convocar um plebiscito - o Executivo, no máximo, pode enviar mensagem ao Parlamento propondo sua convocação.”
Segundo o arcebispo, a presidência da CNBB entende que “o apoio das pastorais sociais ao proposto plebiscito ‘está em sintonia com suas orientações sobre as questões da terra. Nas igrejas particulares, os senhores bispos darão orientações que julgarem convenientes’”.
“Este plebiscito está se realizando, portanto, apoiado pelas pastorais sociais, com a participação de movimentos populares e outros segmentos da sociedade, inclusive partidários”, afirma Dom Walmor.
Segundo o arcebispo, “nesta hora, a Igreja Católica evoca, com sabedoria e cautela, os princípios que norteiam suas posições e opções”.
“A Igreja não se entrincheira nas plagas partidárias e não se deixa levar pela ambição de poder articular, por exemplo, bancadas no Parlamento ou nas assembleias legislativas. Esse é o desafio sempre posto nas discussões quando se pensa o papel e a participação da Igreja nos tempos eleitorais.”
“Há quem pense que a Igreja perde por não posicionar-se diretamente contra ou a favor de nomes, sem deixar de considerar, é claro, o direito e a autonomia de cada cristão católico e de seus grupos.”
O cuidado – afirma Dom Walmor – é “exatamente no sentido de não permitir que se confunda ou se abandone a ambiência própria da sua ética alimentada pelo evangelho de Jesus Cristo, diferentemente dos partidos”.
“A ética da Igreja é um luzeiro que não se abandona ou se substitui, como acontece, por exemplo, na troca de partidos e nas alianças políticas, por interesses, até condenáveis e espúrios, muitas vezes.”
“Compreende-se que a Igreja permanecendo no território da ética, alavancada pelos ensinamentos do evangelho, não se aventura em posicionamentos e pronunciamentos que se tornam partidários. Por isso, não têm lugar adequado os pronunciamentos que se tornam, por si e por sua forma, partidários”, explica.
De acordo com Dom Walmor, “a palavra e o pronunciamento da Igreja são importantes e têm autoridade e força educativa para trabalhar, não os interesses partidários, mas a consciência cidadã dos eleitores”.
“A Igreja procura garantir critérios e juízos que, na sua liberdade, inclusive partidária, lhes permitam avaliar os candidatos e não escolher aqueles que agirão, por princípios e opções pessoais e partidárias, na contramão dos valores do Evangelho e dos ensinamentos da Igreja”, afirma o arcebispo.
BELO HORIZONTE, sexta-feira, 3 de setembro de 2010 – O arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, afirma que a Igreja “não se aventura em posicionamentos e pronunciamentos que se tornam partidários”, mas permanece no território da ética.
Em artigo enviado à imprensa nesta sexta-feira, o prelado recorda que a CNBB enviou recentemente carta aos bispos “esclarecendo sobre a proposta do plebiscito de iniciativa popular pelo limite da propriedade da terra no Brasil, em defesa da reforma agrária e da soberania territorial e alimentar”.
“A proposta, nessa Semana da Pátria – cita Dom Walmor –, ‘não é de iniciativa da CNBB, nem se realiza sob sua responsabilidade’. Somente o Congresso Nacional pode convocar um plebiscito - o Executivo, no máximo, pode enviar mensagem ao Parlamento propondo sua convocação.”
Segundo o arcebispo, a presidência da CNBB entende que “o apoio das pastorais sociais ao proposto plebiscito ‘está em sintonia com suas orientações sobre as questões da terra. Nas igrejas particulares, os senhores bispos darão orientações que julgarem convenientes’”.
“Este plebiscito está se realizando, portanto, apoiado pelas pastorais sociais, com a participação de movimentos populares e outros segmentos da sociedade, inclusive partidários”, afirma Dom Walmor.
Segundo o arcebispo, “nesta hora, a Igreja Católica evoca, com sabedoria e cautela, os princípios que norteiam suas posições e opções”.
“A Igreja não se entrincheira nas plagas partidárias e não se deixa levar pela ambição de poder articular, por exemplo, bancadas no Parlamento ou nas assembleias legislativas. Esse é o desafio sempre posto nas discussões quando se pensa o papel e a participação da Igreja nos tempos eleitorais.”
“Há quem pense que a Igreja perde por não posicionar-se diretamente contra ou a favor de nomes, sem deixar de considerar, é claro, o direito e a autonomia de cada cristão católico e de seus grupos.”
O cuidado – afirma Dom Walmor – é “exatamente no sentido de não permitir que se confunda ou se abandone a ambiência própria da sua ética alimentada pelo evangelho de Jesus Cristo, diferentemente dos partidos”.
“A ética da Igreja é um luzeiro que não se abandona ou se substitui, como acontece, por exemplo, na troca de partidos e nas alianças políticas, por interesses, até condenáveis e espúrios, muitas vezes.”
“Compreende-se que a Igreja permanecendo no território da ética, alavancada pelos ensinamentos do evangelho, não se aventura em posicionamentos e pronunciamentos que se tornam partidários. Por isso, não têm lugar adequado os pronunciamentos que se tornam, por si e por sua forma, partidários”, explica.
De acordo com Dom Walmor, “a palavra e o pronunciamento da Igreja são importantes e têm autoridade e força educativa para trabalhar, não os interesses partidários, mas a consciência cidadã dos eleitores”.
“A Igreja procura garantir critérios e juízos que, na sua liberdade, inclusive partidária, lhes permitam avaliar os candidatos e não escolher aqueles que agirão, por princípios e opções pessoais e partidárias, na contramão dos valores do Evangelho e dos ensinamentos da Igreja”, afirma o arcebispo.
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